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Igreja Adventista promove capacitação em inteligência artificial e comunicação digital

Líderes da área de comunicação e estratégias digitais foram convidados para debater esses temas com a igreja local. Foto: Paulo Araújo

O cenário digital atual está em constante transformação. Impulsionado por inovações como a inteligência artificial e pelo comportamento das novas gerações, o ambiente online exige da igreja mais do que presença — exige propósito.

Durante o Congresso de Comunicação Digital da Associação Rio Fluminense, líderes locais e voluntários das igrejas se reuniram para refletir sobre o papel da tecnologia na missão. O pastor William Timm, responsável pelo evangelismo digital da TV Novo Tempo, foi um dos convidados especiais.

“Hoje nós falamos um pouco sobre como nós podemos utilizar nossas redes sociais para alcançar mais pessoas para Jesus. Cada pessoa pode ser uma embaixadora do Reino no seu ciclo de influência. E isso pode começar com coisas simples”, explicou o pastor.

Segundo ele, é essencial entender o contexto digital, que muda de geração para geração. O desafio, portanto, não é apenas publicar conteúdos, mas comunicar com propósito, autenticidade e espiritualidade.

IA: riscos, oportunidades e iniciativas já em andamento

Carlos Magalhães, especialista em novas tecnologias da Divisão Sul-Americana, destacou o avanço da inteligência artificial e como a Igreja Adventista já tem explorado suas possibilidades:

“A Igreja hoje tem várias iniciativas com Inteligência Artificial, como o Vó de Esperança, que dá estudos bíblicos automatizados, e o 7Chat, que responde perguntas sobre a Bíblia. Além disso, há uso de IA generativa para criação de imagens e vídeos que ajudam na comunicação visual da mensagem.”

Carlos também reforçou a importância de debater os limites éticos e espirituais dessas tecnologias.

Tecnologia precisa de calor humano

Na fala de William Timm, um ponto crucial foi destacado: a tecnologia nunca substituirá o elemento humano. Ele exemplificou com a realidade da equipe da Esperança, que mesmo com automações, lida com uma grande carga de interações humanas, justamente porque as pessoas querem ser ouvidas por alguém real.

“Toda ferramenta é útil, mas o evangelho é relacionamento. O conteúdo pode até ser gerado por IA, mas o discipulado acontece com gente de verdade”, afirmou.

Perspectiva organizacional: tecnologia como ponte, não como fim

O engenheiro Luciano Maia, um dos organizadores do evento e ancião de comunicação, destacou que a proposta do congresso foi justamente essa: tornar o tema mais acessível à realidade das igrejas locais. “A gente sempre fala sobre novas formas de pregar o evangelho. Então o objetivo aqui foi capacitar os irmãos para usar essas ferramentas no dia a dia da igreja, e não só em um nível institucional.”

Pastor Fabrício, responsável pela comunicação da União Sudeste Brasileira, também reforçou esse pensamento: “Utilizar essas ferramentas é indispensável. Elas não substituem a igreja, mas ampliam nossa capacidade de levar esperança a mais pessoas.”

Impacto pessoal: aprendendo para praticar

Além das falas técnicas e reflexões teológicas, o evento proporcionou experiências práticas e inspiração aos participantes. Um deles foi Yan, jovem voluntário da equipe de comunicação de sua igreja.

“Achei o encontro maravilhoso. A gente aprendeu mais sobre as ferramentas que podemos usar no dia a dia, especialmente sobre inteligência artificial. Isso pode nos ajudar a levar o evangelho ainda mais longe.”

Conclusão: evangelismo digital é para todos

A mensagem final do encontro foi: não é necessário estar em todas as plataformas, nem ser um expert em tecnologia. Cada pessoa pode assumir um papel no ambiente digital — seja como criador, distribuidor, engajador ou apoiador. O mais importante é que cada conteúdo carregue a essência da missão: esperança, empatia e salvação.

“Se queremos apressar a volta de Jesus, essa é uma das formas mais eficazes de fazer isso hoje”, concluiu William Timm.

 

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