Corrida solidária mobiliza Centro-Norte capixaba em apoio a mulheres com câncer

Participantes reunidos para a largada do Desafio Superação em frente à Escola Adventista de Laranjeiras, na Serra. Solidariedade e movimento marcaram a manhã. (Crédito: Paulo Donna)

A Grande Vitória amanheceu em ritmo de solidariedade neste domingo (5). Em frente à Escola Adventista de Laranjeiras, na Serra, cerca de 350 pessoas participaram da etapa capixaba do Desafio Superação, mobilização nacional que combina atividade física, bem-estar e apoio a mulheres em tratamento oncológico.

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A ação integra o movimento Outubro Rosa e, no Centro-Norte do Espírito Santo, foi coordenada pela Associação Espírito-Santense da Igreja Adventista (AES) — sede administrativa da denominação para toda a região, com adesão de municípios como Vitória, Serra, Linhares, Aracruz, Colatina e Barra de São Francisco, onde comunidades locais também realizaram suas próprias versões do desafio.

Caminhada, corrida ou pedal — o importante foi participar e apoiar a causa do Outubro Rosa. (Crédito: Paulo Donna)

“Além de incentivar hábitos saudáveis, cada inscrição destina R$ 20 para instituições que cuidam de mulheres com câncer”, explica Giselli Belinassi de Sá, líder do Ministério da Mulher para toda a região. “No ano passado entregamos 74 cestas básicas para famílias atendidas pela AACC. Este ano, nossa meta é ampliar esse impacto em parceria com a AFECC — Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer, que assiste pacientes oncológicas em Vitória e em outras cidades do estado.”

Momentos de emoção deram o tom do evento, com famílias inteiras participando juntas, cada uma em seu ritmo, mas com o mesmo propósito. (Crédito: Paulo Donna)

Apoio profissional e cuidado integral

Uma feira de saúde também fez parte da ação. (Foto: Paulo Donna)

Além das provas de caminhada, corrida e ciclismo, o evento contou com uma estrutura de saúde voluntária. Uma equipe formada por massoterapeutas, enfermeiros e profissionais de educação física prestou apoio antes e depois da prática esportiva, com alongamentos, atendimentos preventivos e sessões de relaxamento muscular.

“Vimos famílias inteiras participando, crianças, jovens, adultos e idosos. Cada um no seu ritmo, mas todos com o mesmo propósito”, afirmou José Nilton, líder do Ministério da Saúde Adventista para o centro-norte do ES. “Mais do que completar a distância, o importante é celebrar a vida e cuidar da saúde com responsabilidade.”

Experiências de superação

Gerações diferentes unidas pelo mesmo objetivo: promover saúde e solidariedade. (Crédito: Paulo Donna)

Entre os participantes, muitas histórias pessoais chamaram atenção.
“Achei que não conseguiria com meu bebê no canguru, mas fui até onde deu e terminei bem. Me sinto verdadeiramente superada”, disse Camila dos Santos, que caminhou grande parte do percurso.

Já Tatiana Libardi, que completou os 5 km correndo, resumiu em uma palavra:
“Emoção. Não é só corrida, é reencontro, é união e é ajudar quem precisa.”

Superação em qualquer idade: disposição e alegria marcaram a chegada dos participantes. (Crédito: Paulo Donna)

Sobre o projeto

Criado pelo Projeto Missão Mulher, o Desafio Superação é realizado há seis anos em âmbito nacional. Só em 2024, mobilizou mais de 35 mil participantes, beneficiando instituições que atendem mulheres em tratamento contra o câncer. Desde sua criação, já contabiliza mais de 111 mil pessoas envolvidas em ações de saúde, solidariedade e incentivo ao movimento.

Percurso ao redor da unidade escolar reforçou a proposta do evento: saúde física com propósito solidário (Crédito: Paulo Donna)

O formato é híbrido: os participantes podem se reunir em eventos presenciais, como no caso da Grande Vitória, ou realizar a prática de forma individual, onde estiverem. A proposta é que cada passo dado se torne um ato de empatia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 73,6 mil novos casos de câncer de mama por ano entre 2023 e 2025. Para os organizadores, iniciativas como essa são uma maneira concreta de transformar conscientização em apoio real.

“A maior superação não está nos quilômetros percorridos, e sim na capacidade de olhar para o outro”, conclui Giselli.

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