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Ji-Paraná recebeu a 2ª Corrida e Caminhada Vida e Saúde

A segunda edição da Corrida e Caminhada Vida e Saúde reuniu mais de 500 participantes no último domingo (31), no Colégio Adventista de Ji-Paraná. Promovido pelo Ministério da Saúde da Igreja Adventista no sul de Rondônia, o evento contou com percursos de 5 e 10 quilômetros, além de uma feira de saúde e a maratoninha kids, a fim de incentivar hábitos saudáveis para pessoas de todas as idades.

O principal objetivo da corrida foi incentivar a comunidade a adotar um estilo de vida saudável. Para o pastor Clodoaldo Valentim, diretor do Ministério da Saúde no sul de Rondônia, a realização do evento representou a concretização de um sonho. “A corrida ‘Vida e Saúde’ tem o objetivo de engajar mais pessoas e levá-las a conhecer a mensagem de saúde da igreja. Valorizamos os oito remédios naturais e incentivamos todos a cuidar da saúde de forma integral”, afirmou.

Sucesso do projeto

Em sua estreia, em 2024, a corrida reuniu cerca de 300 participantes. Neste ano, mais de 500 pessoas marcaram presença, evidenciando a crescente importância do evento. A edição de 2025 também trouxe novidades, como sessões de crioterapia, atendimento médico, realização de bioimpedância e massoterapia na feira de saúde, além da maratoninha kids, que movimentou a criançada.

A maratoninha kids teve percursos de até 1 km para as crianças. (Foto: Débora Knupp)

Histórias de superação

Mais do que atividade física, a corrida se tornou um ambiente cheio de histórias inspiradoras. Uma das mais marcantes é a de Elton Oliveira e Matheus Costa. Há cerca de seis anos, Elton sofreu um acidente que o deixou impossibilitado de andar. Durante sua recuperação, os médicos chegaram a acreditar que ele ficaria acamado pelo resto da vida. Mas ele não deixou que isso o impedisse de sonhar e se incluir. “A inclusão é importante, mas se incluir é ainda mais”, diz Elton, que passou a se envolver em corridas com esse pensamento.

No último domingo, ele participou da corrida “Vida e Saúde” com a ajuda do amigo Matheus, que empurrou sua cadeira de rodas durante os cinco quilômetros até a linha de chegada, transformando o percurso em um exemplo de determinação.

Essa foi a segunda corrida de Elton e Mateus juntos. (Foto: Débora Knupp)

Determinação apesar dos desafios

Mesmo enfrentando desafios, como encontrar alguém para correr ao seu lado, Elton participou de sua primeira corrida há um ano e, desde então, já completou outras 10 provas. Para ele, a corrida representa hoje mais do que competição: é qualidade de vida.

Com inscrições garantidas em mais cinco corridas futuras, Elton não pretende parar, mostrando que limites não são barreiras para quem deseja seguir em frente. “Momentos como esse são muito importantes para mim, e quero, até meu último suspiro, continuar vivendo experiências como essas”, afirma.

Por outro lado, Matheus Costa, parceiro de Elton na corrida, também encontrou na atividade um espaço de superação. Ele começou a correr durante a pandemia, pesando quase 120 quilos, e conseguiu perder mais de 40 quilos nesse processo. “Foi uma mudança de vida, uma transformação do corpo. Além de proporcionar qualidade de vida, para mim a corrida é um símbolo de motivação e superação. Quando você corre, a única coisa que passa na cabeça é superar o seu próprio tempo. Vejo isso como um verdadeiro desafio”, conta Matheus.

Uma mãe atleta 

Sidiane de Oliveira é mais um exemplo inspirador de superação. Aos 25 anos, mãe de Natan, de 1 ano e 2 meses, ela encontrou na corrida uma forma de se desafiar e conciliar a maternidade.

Quando o filho nasceu, Sidiane queria voltar a correr, mas não tinha babá. Foi então que decidiu se reinventar e começou a correr com o carrinho de bebê. “Na verdade, eu não tinha muita opção. Queria voltar à corrida, e ele tinha três meses. Então pensei: ‘Não tenho ninguém para cuidar, vou com ele’”, lembra.

Correr com Natan se tornou uma experiência especial para mãe e filho. “Ele vai comigo, e eu acho que ele curte bastante. Fica observando o caminho, as pessoas, o ambiente. Ele sorria o tempo todo. Passamos por algumas subidinhas leves, mas é muito gostoso e satisfatório concluir a prova. Ter ele comigo torna tudo ainda mais especial”, expressa Sidiane.

Sidiane e o filho ultrapassando a linha de chegada. (Foto: Débora Knupp)

Superação emocional 

Juliane Tavares, aos 47 anos, encontrou na corrida uma forma de enfrentar desafios pessoais e cuidar da saúde mental. “A corrida surgiu para mim como uma necessidade em virtude de momentos difíceis que enfrentei em minha vida. Eu percebi que, se não fizesse algo assim, poderia entrar em depressão. Eu precisava de algo que me motivasse a começar o dia”, relata.

Desde 2016, quando começou caminhando e depois passou a correr, Juliane participou de mais de 135 provas, incluindo maratonas, meias-maratonas e várias edições da São Silvestre, acumulando medalhas e experiências marcantes.

Para ela, correr é muito mais que esporte. “A corrida significa alegria, amizade e superação pessoal. Fiz amigos que levo para a vida inteira, e isso é algo que só a corrida poderia me proporcionar”, declara a atleta. Ela também ressalta a importância de mostrar sua rotina nas redes sociais: “Queria mostrar que, mesmo com a correria do dia a dia, sendo mãe e professora, é possível encaixar a corrida na rotina. Não é fácil, mas também não é impossível”.

Saúde x Exercício Físico

Para o médico Januário de Farias, da rede de Hospitais Adventistas, iniciativas como essa vão muito além de uma simples corrida: elas representam um estilo de vida. Ele destaca que cada igreja pode ser um núcleo de bem-estar para a comunidade, promovendo saúde por meio de clubes que incentivem caminhada, corrida, ciclismo, culinária saudável e até apoio para quem deseja parar de fumar.

“O exercício físico é remédio, ele reverte doenças, trata doenças e previne doenças. Precisamos manter projetos contínuos, mesmo que pequenos, porque eles fortalecem pessoas e comunidades inteiras”, expõe.

Após completar os 5 km do percurso, o médico reforçou a importância de cada um encontrar sua forma de se movimentar. “Não gosta de correr? Vai para a academia. Se não gosta da academia, vai jogar tênis, nadar ou fazer hidroginástica. Mas todo mundo precisa fazer atividade física. É uma necessidade para a saúde”, concluiu.

Elton, Sidiane e Juliane são apenas algumas das muitas histórias inspiradoras que marcaram a corrida, que foi um verdadeiro sucesso, renovando assim, o desejo de que futuras edições continuem incentivando a saúde e a participação de todas a comunidade.

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