Durante um encontro estratégico da equipe técnica da Educação Adventista no Sul da Bahia, o professor de Biologia Leandro comparou o DNA humano ao DNA da Educação Adventista. Segundo ele, assim como o DNA biológico carrega as informações que definem quem somos, também a Educação Adventista tem em sua essência uma identidade que não pode ser perdida.
“Unir ensino de excelência à formação espiritual e integral do ser humano. “Restaurar esse DNA é reafirmar a missão de transformar vidas, guiando crianças e adolescentes pelo caminho do conhecimento e dos valores cristãos”, revelou o professor.

A comparação se reflete de maneira ainda mais clara na história de Louise Galo. Ex-aluna da instituição, hoje mãe solo e confeiteira, ela reconhece que a mesma carga genética que transmite biologicamente aos filhos também se traduz nos valores que buscou herdar da escola. O DNA da Educação Adventista que um dia a formou, agora se manifesta novamente nos filhos Arthur e Mariah, ambos alunos do Colégio Adventista de Itabuna, reafirmando que a essência da missão não se perde, mas se multiplica de geração em geração.
Essa essência se manifesta de forma concreta em histórias de famílias que foram alcançadas pela filantropia e hoje têm acesso a oportunidades antes inimagináveis. Entre elas está a história da própria Louise, que viu a fé se tornar realidade ao conquistar bolsas de estudo para os dois filhos.
Quando fé e ensino se encontram
“Foi uma das maiores emoções da minha vida. Fui aluna adventista e era um verdadeiro sonho ter meus filhos estudando ali. Mas, pela minha realidade financeira, era praticamente impossível. Então fui atrás do processo desde que o Arthur tinha 5 anos, mas só era ofertado a partir do 1º ano fundamental. Passei um ano inteiro orando. Quando o resultado saiu, me senti agraciada por Deus mesmo”, contou Louise.
Enquanto o filho Arthur já era contemplado com bolsa, a pequena Mariah chorava ao pedir para estudar na mesma escola. “Era muito difícil ouvir o choro dela. Eu dizia: ‘vamos orar, filha’. Foram meses de espera e ansiedade até o resultado. Quando vi o deferido de 50%, eu desabei. Pensei até em trancar minha faculdade a distância para conseguir pagar o restante. Mas confiei: se Deus deu 50%, Ele daria o restante também. E Ele proveu. Hoje, ver os dois juntos no uniforme da escola é indescritível”, revelou emocionada.

Um aprendizado completo
Para Louise, o impacto vai muito além do pedagógico. “Nós somos adventistas, e o colégio vai além do ensino regular. O aprendizado espiritual é essencial e me auxilia a manter Deus na frente da vida deles. E eu falo: não aceito nota baixa. Eles precisam honrar essa oportunidade que muitos sonham. Graças a Deus, têm honrado nas notas também”, revela.
O desenvolvimento foi evidente. “Antes, o Arthur estudava em escola pública. O progresso dele na leitura, escrita e provas foi impressionante. Contudo, já a Mariah, no primeiro dia, deu tchau e foi. Voltou para casa dizendo que tinha sido incrível e hoje ama as aulas, especialmente de Educação Física”, contou.
Desafios e gratidão
Entretanto, conciliar a rotina de mãe solo, trabalho e escola não é simples. “Trabalho na confeitaria muitas vezes de madrugada, porque durante o dia quero estar com eles, acompanhar agenda, tarefas, estar disponível para a escola. A vida escolar deles é a minha prioridade. E Deus é tão bom que me deu esse ofício que consigo adaptar aos horários deles”, disse.
O significado da bolsa é claro para ela: “Representa a chance de oportunizar uma educação de qualidade, que prepare intelectualmente, mas também espiritualmente. Meu maior sonho é que concluam os estudos no Adventista e permaneçam firmes com Deus. Todos os dias, quando levo e busco eles, quando recebo as provas com notas excelentes, só consigo sentir uma palavra: gratidão”, concluiu.